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A Bússola
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MODO DE SEGURAR NUMA BÚSSOLA
Ao usares a bússola, deves sempre colocá-la o mais na horizontal possível. Se fizeres leituras com a bússola inclinada estarás a cometer erros.
 
O polegar deve estar corretamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.
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NOMENCLATURA DE UMA BÚSSOLA
Nunca se devem fazer leituras com a bússola perto de objetos metálicos ou de circuitos elétricos. Assim, podes ver no quadro abaixo exemplos de objetos e respectivas distâncias que deves respeitar quando quiseres fazer uma leitura da tua bússola.
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DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE UTILIZAÇÃO DA BÚSSOLA
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OBJETO
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DISTÂNCIA
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linhas de alta tensão
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60 m
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camião
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20 m
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fios telefônicos
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10 m
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arame farpado
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10 m
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carro
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10 m
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machado
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1,5 m
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tacho
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1 m
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O que é um Azimute
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Um azimute é uma direção definida em graus, variando de 0º a 360º. Existem outros sistemas de medida de azimutes, tais como o milésimo e o grado, mas o mais usado pelos Desbravadores é o Grau. A direção de 0º graus corresponde ao Norte, e aumenta no sentido direto dos ponteiros do relógio. |
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Exemplo de um azimute de 60º |
Há 3 tipos de azimutes a considerar:
Azimute Magnético: quando medido a partir do Norte Magnético (indicado pela bússola);
Azimute Geográfico: quando medido a partir do Norte Geográfico (direção do Pólo Norte)
Azimute Cartográfico: quando medido a partir do Norte Cartográfico (direção das linhas verticais das quadrículas na carta).
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Como Determinar o Azimute Magnético de um Alvo
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Querendo-se determinar o azimute magnético de um alvo usando uma bússola há que, primeiro, alinhar a fenda de pontaria com a linha de pontaria e com o alvo. Depois deste alinhamento, espreita-se pela ocular para o mostrador e lê-se a medida junto ao ponto de referência.
Todo este processo deve ser feito sem deslocar a bússola, porque assim alteraria a medida. O polegar deve estar corretamente encaixado na respectiva argola, com o indicador dobrado debaixo da bússola, suportando-a numa posição nivelada.
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COMO APONTAR UM AZIMUTE MAGNÉTICO
Querendo apontar um azimute magnético no terreno, para se seguir um percurso nessa direção, por exemplo, começa-se por rodar a bússola, constantemente nivelada, de modo a que o ponto de referência coincida com o azimute pretendido. Isto é feito mirando através da ocular para o mostrador. Uma vez que o ponto de referência esteja no azimute, espreita-se pela fenda de pontaria e pela linha de pontaria, fazendo coincidir as duas, e procura-se ao longe, um ponto do terreno que possa servir de referência. Caso não haja um bom ponto de referência no terreno, pode servir uma vara que, entretanto, se deslocou para a frente do azimute e se colocou na sua direção.
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O Azimute Inverso
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O Azimute Inverso é o azimute de direção oposta.
Por exemplo, o Azimute Inverso de 90º (Este) é o de 270º (Oeste).
Para o calcular basta somar ou subtrair 180º ao azimute em causa, consoante este é, respectivamente, menor ou maior do que 180º.
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EXEMPLO DOS CÁLCULOS PARA CALCULAR O AZIMUTE INVERSO DE 65º E DE 310º
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Azimute
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Operação
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Azimute Inverso
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65º
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como é inferior a 180º deve-se somar 180º
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65º + 180º = 245º
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310º
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como é superior a 180º deve-se subtrair 180º
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310º - 180º = 130º
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Como Marcar um Azimute numa Carta
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| Para marcar um azimute numa carta, basta usares um transferidor. Coloca-se a base do transferidor (linha 0º - 180º) paralela às linhas verticais das quadrículas da carta e o ponto de referência sobre o ponto a partir do qual pretendemos traçar o azimute. De seguida faz-se uma marca na carta mesmo junto ao ponto de graduação do transferidor correspondente ao ângulo do azimute que pretendemos traçar. Por fim, traçamos uma linha a unir o nosso ponto de partida e a marca do azimute. |
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Método da Triangulação para Determinar a nossa Posição numa Carta
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Este método permite-nos localizar, com bastante precisão, a nossa posição numa carta.
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Segue-se um exemplo de como utilizar este método. Começa-se por identificar, no terreno e na carta, dois pontos à vista. Neste caso escolheu-se um marco geodésico e um cruzamento, pois ambos estão à vista do observador e são facilmente identificáveis na carta através dos seus símbolos.
De seguida, com a bússola determinam-se os azimutes dos dois pontos, 340º e 30º, respectivamente para o marco geodésico e para o cruzamento.
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Conhecidos os azimutes, passamos a calcular os azimutes inversos respectivos: 160º é o azimute inverso de 340º e 210º o de 30º.
Na carta, e com o auxílio de um transferidor, traçam-se os azimutes inversos a partir de cada um dos pontos (160º para o marco geodésico e 210º para o cruzamento).
O ponto onde as linhas dos dois azimutes inversos se cruzam corresponde à nossa localização.
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Método da Triangulação para Identificar um ponto do Terreno na Carta
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Este método permite-nos, com bastante precisão, identificar um determinado ponto do terreno à nossa frente na carta.
O seguinte exemplo usa a mesma localização que o anterior. Desta vez, pretende-se localizar na carta o ponto onde está o Totem de Patrulha.
É preciso que um desbravador vá até aos dois pontos com uma bússola e meça os azimutes desses pontos para o Totem. Depois disso, não é preciso calcular os azimutes inversos, porque basta usar os mesmos azimutes para traçar as linhas na carta e obter os pontos (tal como na figura do exemplo anterior).
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Seguir Azimutes em Longos Percursos
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Quando pretendes seguir uma determinada direção (azimute) durante um longo percurso, eis uma técnica simples para que mantenhas a direção correta ao avançares no terreno.
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Tal como na figura, o desbravador A, que possui a bússola, começa por visualizar o azimute pretendido, enquanto que os outros dois desbravadores, mais longe, tentam alinhar as suas varas com o azimute. O desbravador A tem de lhes dar as indicações necessárias (esquerda ou direita) para eles se moverem e ficarem alinhados.
A seguir, o desbravador A caminha até ao B, e coloca-se exatamente no sítio da vara. O desbravador B parte levando a sua vara, passa pelo desbravador C e vai-se colocando mais longe ainda, seguindo as ordens do desbravador A de maneira a se alinhar com o azimute.
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O desbravador A avança até ao C e coloca-se também no lugar da vara, sendo agora a vez do desbravador C partir e ir-se colocar para lá do desbravador B. Este processo repete-se sempre, até chegar ao fim do percurso. Quanto mais complicada for a natureza do terreno, mais curtas devem ser as distâncias entre os 3 desbravadores. No caso de ser no meio de mato denso, como por exemplo uma mata de acácias, torna-se necessário encurtar as distâncias para menos de 10 metros.
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